A rotina do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco mudou desde que
os estudantes começaram a utilizar um programa de computador, chamado de
plataforma moodle, para criar um ambiente virtual de aprendizagem.
Devido ao sucesso, o criador do sistema, o estudante Cláudio Lucas de
Freitas Coelho, ganhou a oportunidade de representar o Ceará, em 2013,
na feira da Fundação Red Colsi, na Colômbia.
Lucas explicou que o
programa está sendo utilizado nas provas de algumas turmas, que, agora,
são realizadas na sala de informática. Dessa forma, nenhuma folha de
papel é usada para a impressão, e o próprio computador calcula as notas
dos estudantes. "As notas são enviadas para o email do professor",
disse.
Desde que o novo sistema foi implantado, o estudante tem
visto uma melhora de rendimento dos seus colegas, pois, além do clima
refrigerado da sala de informática ser melhor, esse novo modo de fazer a
prova não permite que os jovens copiem as respostas dos outros. "No
começo, os professores não queriam aceitar porque não conheciam essa
tecnologia. Mas, depois que viram como funciona, aprovaram a mudança",
afirmou Lucas.
O jovem recebeu a credencial para participar da
feira da Fundação Red Colsi quando levou o seu projeto para a VII Feira
de Ciência e Tecnologia (Fecitec), realizada em Imperatriz, no Maranhão,
entre os dias 10 e 15 de setembro. "Fiquei muito feliz. Essa foi a
primeira feira que participei e já tive um grande resultado", destacou o
estudante.
Agora, o idealizador do projeto está tendo aulas de
espanhol para que possa apresentar a sua plataforma moodle no evento na
Colômbia. O sistema também terá que ser todo traduzido.
Economia
De
acordo com o professor Rodolfo Sena da Penha, que orientou Lucas
durante o projeto, a ideia surgiu como um meio de economizar recursos do
Colégio, como o papel. "A plataforma moodle é usada muito em cursos de
pós-graduação a distância, mas queríamos trazer isso para a escola
pública", frisou.
O professor comentou que nas provas da área de
Ciências Humanas eram usadas 10 mil folhas de papel para que os
estudantes pudessem fazer os testes. Agora, com o sistema, nenhuma folha
é gasta.
Além de receber as notas logo após a realização da
prova, ressaltou Rodolfo, os mestres também podem ver qual a questão que
os alunos mais erraram e, assim, podem direcionar as suas aulas para
esse tema. "Desde que o sistema criado por Lucas foi implantado, alguns
alunos já vieram falar comigo para realizar novos projetos. A próxima
novidade será um laboratório de química virtual", explicou Rodolfo Sena
da Penha.
Ele acrescentou que quando o projeto foi escolhido para
participar do Fecitec ele já sabia que iria ser escolhido como um dos
melhores, porém não tinha ideia que ganharia a credencial para
apresentar a novidade no exterior. "Trabalhar com projetos só ajuda a
engrandecer os estudantes", afirmou.
THIAGO ROCHA - Repórter Diário do Nordeste
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