quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Aluno do Castelo Branco apresenta novo sistema na Colômbia

A rotina do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco mudou desde que os estudantes começaram a utilizar um programa de computador, chamado de plataforma moodle, para criar um ambiente virtual de aprendizagem. Devido ao sucesso, o criador do sistema, o estudante Cláudio Lucas de Freitas Coelho, ganhou a oportunidade de representar o Ceará, em 2013, na feira da Fundação Red Colsi, na Colômbia.

Lucas explicou que o programa está sendo utilizado nas provas de algumas turmas, que, agora, são realizadas na sala de informática. Dessa forma, nenhuma folha de papel é usada para a impressão, e o próprio computador calcula as notas dos estudantes. "As notas são enviadas para o email do professor", disse.

Desde que o novo sistema foi implantado, o estudante tem visto uma melhora de rendimento dos seus colegas, pois, além do clima refrigerado da sala de informática ser melhor, esse novo modo de fazer a prova não permite que os jovens copiem as respostas dos outros. "No começo, os professores não queriam aceitar porque não conheciam essa tecnologia. Mas, depois que viram como funciona, aprovaram a mudança", afirmou Lucas.

O jovem recebeu a credencial para participar da feira da Fundação Red Colsi quando levou o seu projeto para a VII Feira de Ciência e Tecnologia (Fecitec), realizada em Imperatriz, no Maranhão, entre os dias 10 e 15 de setembro. "Fiquei muito feliz. Essa foi a primeira feira que participei e já tive um grande resultado", destacou o estudante.

Agora, o idealizador do projeto está tendo aulas de espanhol para que possa apresentar a sua plataforma moodle no evento na Colômbia. O sistema também terá que ser todo traduzido.

Economia
De acordo com o professor Rodolfo Sena da Penha, que orientou Lucas durante o projeto, a ideia surgiu como um meio de economizar recursos do Colégio, como o papel. "A plataforma moodle é usada muito em cursos de pós-graduação a distância, mas queríamos trazer isso para a escola pública", frisou.

O professor comentou que nas provas da área de Ciências Humanas eram usadas 10 mil folhas de papel para que os estudantes pudessem fazer os testes. Agora, com o sistema, nenhuma folha é gasta.

Além de receber as notas logo após a realização da prova, ressaltou Rodolfo, os mestres também podem ver qual a questão que os alunos mais erraram e, assim, podem direcionar as suas aulas para esse tema. "Desde que o sistema criado por Lucas foi implantado, alguns alunos já vieram falar comigo para realizar novos projetos. A próxima novidade será um laboratório de química virtual", explicou Rodolfo Sena da Penha.

Ele acrescentou que quando o projeto foi escolhido para participar do Fecitec ele já sabia que iria ser escolhido como um dos melhores, porém não tinha ideia que ganharia a credencial para apresentar a novidade no exterior. "Trabalhar com projetos só ajuda a engrandecer os estudantes", afirmou.

THIAGO ROCHA - Repórter Diário do Nordeste

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