Os
5,7 milhões de candidatos inscritos no Enem deste ano poderão saber
--pela internet-- de forma mais rápida e didática a nota da prova
objetiva do exame.
Técnicos
do Inep (órgão do MEC responsável pelo Enem) trabalham há cerca
de quatro meses na construção de uma calculadora digital, em que o
candidato poderá estimar sua pontuação na parte objetiva da prova.
O
objetivo é disponibilizar o aplicativo neste ano, mas a calculadora
ainda está em fase de análise técnica.
O
cuidado redobrado é para evitar discrepâncias entre a nota dada
pelo aparelho e a divulgada oficialmente no final de dezembro, 54
dias depois da aplicação do exame.
A calculadora tem como
objetivo principal dar mais transparência à metodologia adotada
para o cálculo do desempenho do aluno.
Hoje,
a nota final na prova objetiva não é só a somatória dos acertos.
Ela inclui fatores como grau de dificuldade dos itens corretos e
coerência do desempenho do candidato.
Assim, se um aluno acerta
questões difíceis, mas não tem bom desempenho nas questões fáceis
da mesma área de conhecimento, há indício de que houve "chute"
e a pontuação final é afetada.
Esse
modelo torna difícil a tarefa do estudante de projetar a nota quando
o gabarito é divulgado, poucos dias depois do exame. Com a nova
ferramenta, o candidato informará quais questões acertou e o
cálculo será feito de forma automática.
Na
edição passada do Enem, candidatos chegaram a criar um site para
questionar os critérios para a definição do resultado.
A
metodologia atual, chamada de TRI (Teoria de Resposta ao Item), foi
adotada em 2009, ano em que o MEC desenvolveu o Sisu, sistema que
utiliza apenas a nota do Enem para o ingresso em instituições de
ensino superior em todo o país.
No
final de 2011, 42 das 59 universidades federais do país adotaram o
sistema.
GUIA
DO PARTICIPANTE
O
Inep vai lançar após a prova do Enem deste ano, nos dias 3 e 4 de
novembro, um "guia do participante", como forma de tirar as
dúvidas sobre o método matemático empregado no exame.
O
conteúdo, nos moldes do guia de redação elaborado neste ano, vai
esclarecer, por exemplo, as diferenças entre o método atual e a
teoria clássica de respostas, além do motivo de candidatos com o
mesmo número de acertos terem notas diferentes.
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